domingo, 31 de maio de 2009

Encontro com Leitora


No sábado da semana passada tive o meu primeiro encontro com uma leitora assídua deste espaço. A Leonor descobriu o blogue logo nos seus primórdios, em Fevereiro deste ano. Preferiu sempre enviar os seus comentários por e-mail e desde essa altura que temos mantido um contacto regular. A partir de dada altura foi-se falando de um possível encontro. Porém, ela revelou-me ser casada e residente na histórica vila da Batalha, factores que a limitavam por motivos óbvios. No entanto, a curiosidade foi aumentando e ela acabou por armar um estratagema para vir até ao Porto sem levantar suspeitas.
Leonor ficaria hospedada num hotel da Av. da Boavista e combinámos de nos encontrar ao princípio da noite de sábado, num café que fica no mesmo edifício. Eu sentia-me ligeiramente nervoso. Somos todos adultos e eu sabia que difícilmente alguém faria cerca de 200 km por pura amizade e para ter uma conversa de circustância. As nossas conversas durante os meses anteriores mantinham sempre um tom provocador e tornava-se evidente que as intenções deste encontro não era propriamente inocentes. Porém, quando escrevemos acabamos por construir uma personagem que apesar de manter alguns traços da nossa personalidade, pode não corresponder exactamente aquilo que as pessoas constroem na sua imaginação. Para além disso, numa época de hedonismo, eu sentia alguma insegurança. Não tinha a certeza se a minha imagem física corresponderia ao que ela estaria à espera. Nos últimos meses, depois de regressar do Brasil, aumentara um pouco o peso em virtude da boa gastronomia portuguesa e começava a sentir um frio na barriga com o aproximar da hora do nosso encontro. Quando saí da estação de metro, sentia as minhas mãos suar um pouco e lançava impropérios a mim próprio por me estar a comportar como um adolescente inexperiente nestas andanças. Acendo um cigarro e caminho na direcção da Casa da Música.

Na rotunda da Boavista, vislumbro uma presença que me era familiar, junto a uma caixa multibanco. A imagem correspondia às fotografias que eu tinha visto da Leonor mas não o poderia assegurar por completo. Estatura mediana, cabelo um pouco abaixo dos ombros com madeixas loiras e pele bronzeada. No preciso momento em que passo atrás dela, ela vira-se para trás e pareceu reconhecer-me. Não lhe disse nada. Limitei-me a esboçar um sorriso e inclinar a cabeça, num gesto que confirmaria que era eu que ela iria encontrar. Logo depois, pareceu-me uma atitude disparatada de minha parte. Poderia tê-la abordado logo ali. Sem querer pensar muito nisso, acelero o passo avenida abaixo. O ponto de encontro era a Confeitaria Arcádia. Mal me sento na mesa, vejo a mesma mulher entrar no estabelecimento e dirigir-se para mim. Em tom de brincadeira, apresentou-se e disse que me tinha reconhecido minutos antes, aproveitando logo para me dar uma pequena reprimenda pela minha atitude. Nos intantes iniciais, pareceu-me uma mulher simpática e extrovertida. A imagem física correspondia totalmente com as fotografias que eu tinha visto e era do meu agrado.
Pedimos dois cafés e damos início às apresentações. Um pouco depois, vou tendo a sensação que Leonor está-se a retraíndo lentamente. Frontalmente, pergunto-lhe qual o problema. Sem rodeios, ela diz que a imagem que fazia de mim era um pouco diferente. Não tanto no aspecto físico, mas que esperava alguém mais comunicativo e espontâneo. Disse-lhe para não se preocupar com isso. Era uma reacção espontânea de minha parte, algo que nunca conseguia evitar. Num primeiro contacto prefiro sempre manter uma postura mais reservada e observadora. Aproveitei para esclarecer que o Bernardo da vida quotidiana era ligeiramente diferente da personalidade que as pessoas deduziam por detrás da máscara virtual.

Após estes momentos de algum desconforto, a conversa retomou o seu ritmo normal. Já eram quase nove da noite e decidimos ir jantar. Vamos para as Galerias Paris, na baixa da cidade. O ambiente jovem, descontraído e as luzes das velas serviriam para quebrar o gelo na perfeição. Não existiam mesas disponíveis e aguardamos um pouco junto ao balcão. Ela pede um gin tónico, eu opto por um Porto seco. Ela vai falando essencialmente do seu trabalho e de livros. Tínhamos várias referências em comum e a conversa foi fluindo. Pouco depois, já estamos confortavelmente instalados à mesa e fazemos os nossos pedidos. Pedimos um vinho tinto para acompanhar a refeição. Por nenhum momento, Leonor fez alguma referência ao seu casamento. Considerei uma aitude elegante de sua parte e conquistava a minha admiração.
No final do jantar, os nossos olhares cruzavam-se com maior insistência. Ríamos de forma cúmplice e eu parecia estar liberto de uma certa timidez que me tinha afectado nos momentos iniciais. Tinha plena consciência que estava perante uma mulher que deveria ser uma companhia fabulosa entre quatro paredes. Não queria precipitar os acontecimentos. Aquele clima lento de sedução estava a ser muito agradável. Sabíamos bem os objectivos daquele encontro mas tínhamos a noite inteira por nossa conta.

Depois de pagar a conta, saímos para a rua. Cá fora, o tumulto habitual de pessoas que invadem aquela rua estreita em busca de diversão durante os fins de semana. Ficamos um pouco por ali a apreciar o ambiente. Por diversão, íamos cantarolando algumas músicas dos anos 80 que vinham de um bar nas proximidades. Noto que ela se vai aproximando mais de mim. A dada altura, ela lança-me um olhar intenso, esbatido por uma baforada de fumo de cigarro que expelia de modo sensual. È o momento em que derrubo as minhas defesas e a puxo pela cintura, de encontro ao meu corpo. Sinto o seu perfume suave quando aproximamos os rostos. Beijamo-nos ali mesmo, frente aquela multidão. O seu beijo era suave, lento mas muito sensual. Quando separamos os nossos lábios, acaricio-lhe o rosto levemente. Ela lança-me um sorriso travesso e pergunta se eu pretendia manter a minha postura cavalheiresca durante o resto da noite. Alinho na brincadeira e vou-lhe adiantando que seria bem mais afoito entre quatro paredes.
- Hum...estava a ver que não! - responde maliciosamente.
Caminhamos em direcção ao carro, furando com alguma dificuldade aquela turba de gente de copo na mão. Ela pede para eu conduzir e arranco rumo ao hotel.

Quando entramos no quarto, a Leonor pede-me alguns minutos para tomar um banho e arranjar-se. Eu sento-me aos pés da cama e ligo o televisor. Sinto que estou a ficar excitado com a perspectiva dos momentos que se seguiriam. Ela sai da casa de banho envolta num roupão branco. Leonor ajoelha-se na minha frente e beija-me novamente. A sua boca é deliciosa, daquelas que viciam rapidamente. Digo-lhe que também irei tomar um banho rápido. Quando me dispo, noto que já estou com uma tremenda erecção. O duche vinha em boa hora.
Novamente perto dela, não resisto a beijá-la novamente. Beijos cada vez mais intensos e demorados. Sentia o meu corpo a ferver mas queria disfrutar daquele momento e prolongar ao máximo o prazer. Tiro-lhe o roupão e vejo que tinha escolhido uma lingerie bastante sensual para aquela noite especial. Um conjunto branco, com muito gosto e absolutamente sexy. O seu corpo é muito bem proporcionado e vou percorrendo lentamente os seus contornos com as minhas mãos. O meu toque parece provocar-lhe pequenos arrepios na pele. Avanço para o seu peito. Os biquinhos ficam rapidamente entumescidos com o toque da minha língua. Chupo e vou apalpando as mamas, cuja beleza era acentuada por diversas sardas. Vou descendo com a minha boca pelo seu corpo todo. Muito lentamente e com beijos e lambidas suaves. Leonor vai-se agitando e crava as unhas nos lençois da cama. Desço até ás suas pernas que percorro com a minha língua. Subo um pouco mais, desvio-lhe as cuecas para o lado e invado-lhe a vulva com a minha língua. O primeiro provoca-lhe um pequeno espasmo de prazer.

O seu gosto era muito agradável. Vou aumentando o ritmo, verdadeiramente entusiasmado com aquela cona que se abria toda para mim. Entretanto, vou explorando a sua intimidade com os meus dedos enquanto a minha língua continua a percorrer o seu clítoris. Leonor estava totalmente molhada e pouco depois vem-se na minha boca, agarrando-me os cabelos com força.
Ela pede-me para descansar um pouco. O seu coração batia descompassadamente e demorava para restabelecer a respiração.
A seguir, a Leonor acomoda várias almofadas na cabeceira e pede para eu me instalar confortavelmente. Coloca-se entre as minhas pernas e começa a chupar. Alterna as chupadelas com lambidas no meu escroto e descendo um pouco mais, até eu sentir a língua dela a invadir o meu ânus. Tornava-se difícil eu conter muito mais o meu orgasmo. Em surdina, pergunto-lhe se posso gozar na sua boca. Com um aceno de cabeça, ela diz que sim. Solto um gemido e ejaculo na boca dela. Com o meu gosto ainda na boca, beija-me mais uma vez. Envolvemo-nos mais uma vez em beijos fervorosos e afagos que nos punham o corpo em brasa. Não foi preciso muito tempo para me restabelecer. Coloco um preservativo e peço que Leonor suba para cima de mim.
Uma longa e excitante cavalgada que se prolongou até Leonor gozar no meu pau.

Fazemos uma breve pausa para nos refrescar e fumar um cigarro. As reticências iniciais tinham-se esbatido por completo e parecia que éramos amantes de longa data. Momentos depois, Leonor começa a provocar-me com leves mordidas no pescoço e nas costas. Num gesto repentino, volto-me para trás e tombo-a na cama. Queria provar mais uma vez o seu sexo. Aquele aroma de fêmea sensual deixava-me totalmente arrebatado. Totalmente encharcada, ela instigava-me mais através de alguns movimentos de ancas. A minha boca estava totalmente lambuzada do seu delicioso mel.
Digo-lhe que a quero comer outra vez. Coloco outro preservativo, ergo-lhe as pernas ao alto e penetro-a o mais fundo que conseguia. Ela solta um grito ao sentir o meu mastro a tocar-lhe as entranhas. Refreio um pouco o meu fulgor e vou metendo carinhosamente, sentindo o calor ardente da sua vulva. Ela pede para eu a foder por trás. Coloca-se de quatro e empinha o rabo na minha direcção. Desta feita, penetro-a e fustigo-a de modo mais intenso e viril. Ela afunda o rosto nas almofadas, abafando os gemidos. O meu corpo ardia como brasa incandescente mas demorava para gozar. A visão do seu rabo era convidativa e com um dedo insinuo as minhas intenções.

A Leonor diz-me que não é grande apreciadora de sexo anal. As poucas experiências que tinha tido não tinham sido propriamente agradáveis. Peço-lhe calma e descontracção. Saio de dentro dela e debruço-me sobre o seu rabo. Lambo-lhe o orifício anal com todo o carinho. Vou introduzindo os meus dedos e constantando que o seu ânus se ia dilatando com os meus estímulos.
Peço que se coloque deitada de lado. Troco de preservativo e vou introduzindo o meu pénis vagarosamente no seu rabo. Leonor respira fundo e vai-se tocando na frente. Muito lentamente, sinto a cabeça do pénis entrar por completo. Ela inspira longamente mas pede para eu continuar lentamente. Ergo-lhe uma das pernas para facilitar o meu trabalho. Com este gesto, alcanço a penetração completa. Vou metendo e tirando suavemente. O rabo de Leonor era verdadeiramente apertado e não tardou muito para que eu me viesse pela segunda vez.
Beijo-a ternamente em reconhecimento do seu esforço. Deixo-me tombar na cama. Ela deita a cabeça sobre o meu peito e olha na direcção do tecto. Fumamos mais um cigarro e conversamos um pouco.
Deviam ser umas três da madrugada quando adormecemos aconchegados um no outro...








sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fantasias Eleitoralistas


Teresa Caeiro é a demonstração de como se pode ser politicamente de direita e ter uma forma de pensar e agir que ultrapassa a esquerda. Para além do mais, sempre considerei esta dirigente do CDS-PP, como uma das mulheres mais interessantes do espectro político português. Gosto de mulheres inteligentes, com ar distinto e uma sensualidade subtil. Acredito que seja uma companhia fabulosa para um jantar íntimo. O resto do serão poderia ser preenchido a...discutir assuntos de Estado, claro está!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Os Golpes


No tempo em que as Descobertas e as Naus, são apenas memórias distantes, ainda há quem goste de vestir as cores da bandeira. A banda sonora obrigatória para este ano de 2009 e a dança ainda agora começou...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

No Cenário Habitual


Era impossível não a notar entre todas aquelas pessoas incógnitas à espera do tradicional cafezinho da tarde. Sempre leal ao mesmo estabelecimento, situado no Campo 24 de Agosto, a visão daquela rapariga muito bonita, mas aparentemente solitária, era um quadro sempre presente a todos os que ali circulavam no fim dos dias frios de Inverno ou dos ardentes dias de Verão.
Não sei o que me aproximava dela, mas, como se tratava do meu trajecto habitual, por vários meses, todos os dias, excepto aos fins de semana, percebi-a ali, através das janelas de vidro, acompanhada do seu café e copo de água, a ler o jornal do dia. Apesar do seu olhar enigmático e a tristeza que a parecia dominar por completo, não ousava sequer dirigir-lhe a palavra, embora já soubesse ser brasileira e residente num prédio do outro lado da rua. Tinha obtido esta informações de modo discreto, através de um dos empregados.
Ainda assim, sem saber exactamente porquê, sentia que falar com ela era imprescindível e, se bem que incomunicáveis, tinha a certeza nítida de que o silêncio daqueles olhos cor de mel gritava por um pedido de auxílio, talvez ignorado pela maioria das pessoas que não conseguiam observar mais do que a inquestionável beleza daquela triste mulher. Ou talvez fosse eu que estivesse a alimentar uma paixão platónica. No entanto, sempre resguardada no seu mundo, não conseguia vislumbrar qualquer oportunidade clara para me aproximar dela.

Certo dia, com o sol ainda a brilhar num típico dia de Primavera, observei-a com o olhar distante, inerte, a contemplar um envelope, enquanto o seu café continuava intacto. Não fui capaz de continuar a resistir. Sem hesitar, entrei no estabelecimento. Perguntei se a poderia ajudar, sem ter a noção exacta do que aquela interpretação pudesse significar para ela.
- Obrigada. Eu estou bem - respondeu, sem me olhar nos olhos. Quando os meus passos davam conta da minha partida, emendou surpreendentemente:
- Eu estou com muito medo do que me espera no Brasil a partir de amanhã.
Naquele momento percebi que ela precisava de dizer alguma coisa. As suas palavras, no entanto, foram sufocadas pela lágrima que deslizou pelo seu rosto. Sentei-me à sua frente, afrouxei o nó da gravata e percebi que o envelope sobre a mesa continha uma passagem aérea. À sua esquerda encontrava-se uma espécie de diário, escrito à mão e composto de várias páginas.
Sem dizer qualquer outra palavra, arrastou lentamente o diário sobre a mesa até deixá-lo ao alcance das minhas mãos. No momento em que o segurei, ela levantou-se e só me restou tempo para lhe perguntar o horário da sua partida para o Brasil no dia seguinte.

O caminho de regresso a minha casa nunca me parecera tão extenso. Queria saber o que estava escrito naquele diário de capa bege. Não sei se teria agido da mesma maneira se no meu lugar estivesse outra pessoa qualquer. Porém, isso agora não era importante. O facto era que o destino colocara nas minhas mãos parte da vida daquela bela mulher que já há muito tempo tinha despertado a minha atenção.
Logo nas primeira páginas percebi que se tratava de uma história no mínimo intrigante e inesperada. Abordava um tema constante desde os primórdios da humanidade, mas sempre alvo de tanta hipocrisia e preconceitos.
O sol já não brilhava e não me apercebi do passar das horas à medida que mergulhava na leitura de cada parte daquele diário. Foi assim que entrei pela madrugada, a partilhar as sensações paradoxais vividas por aquela rapariga aparentemente frágil, mas que de certa forma se mostrara uma rocha diante das adversidades imensas que a vida lhe propusera. Era tarde e eu precisava de dormir. No dia seguinte, pelo meio-dia estaria à sua espera no aeroporto Sá Carneiro. Queria ver aqueles olhos nem que fosse por uma última vez e quem sabe sentir o gosto da sua boca num beijo terno e repleto de cumplicidade....

terça-feira, 26 de maio de 2009

Curiosidade


No campo sexual, sempre me considerei ligeiramente dominador. No entanto, nunca aprofundei muito esta minha vertente, embora nos últimos tempos tenho sentido alguma curiosidade em relação ao sado-masoquismo. Convenhamos que se trata de uma área que causa repulsa a grande parte das pessoas mas por algumas coisas que tenho lido, consigo facilmente vislumbrar alguns traços de afecto superior em que existe um sedutor jogo de dominação, amor e submissão ao ente amado. Assim sendo, gostaria que os leitores que sejam praticantes ou tenham tido algumas experiências neste campo, dessem testemunhos das suas experiências e levantassem o véu em relação a esta temática que me vem seduzindo de há uns tempos para cá.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Euro 2004


Lisboa, 17 de Junho de 2004

Portugal vivia um momento de euforia colectiva. O país organizava pela primeira vez uma edição do campeonato europeu de futebol e sob a batuta do maestro Scolari, os portugueses empolgaram-se verdadeiramente com as prestações da selecção das quinas e absolutamente crentes na vitória final. Os dias estavam muito quentes e respirava-se alegria no ar. Em todas as ruas e avenidas se vislumbravam bandeiras a ornamentar as janelas e a própria UEFA já apontava a nossa organização do evento como exemplar. Com a dificuldades existentes em obter bilhetes para os jogos oficiais, as pessoas agrupavam-se em determinados locais para assistir aos encontros da selecção portuguesa.
Um desses recintos estava localizado no luxuriante Parque Florestal de Monsanto. Naquele final de tarde abrasador, eu e o meu colega Pedro, combinámos de ir até lá para vêr o jogo Portugal-Rússia que se disputava nesse dia. O país estava ansioso por saber se a equipa seria capaz de reverter a situação negativa que, advinha da derrota na partida inaugural com a Grécia, que nos voltaria a derrotar naquela final que desencadeou um verdadeiro trauma nacional.

Chegamos cerca de meia hora antes do início da partida. O espaço envolvente estava cheio de pessoas que envergavam orgulhosamente as cores portuguesas e confiantes numa vitória contundente. Havia uma atmosfera que indiciava uma noite festiva e muita alegria.
Eu e o Pedro dirigimo-nos para uma das barraquinhas do recinto para tomar uma cerveja. Vamos observando o ambiente e fazendo os nossos habituais comentários sobre as mulheres bonitas que circulavam por ali.
Logo aos sete minutos, Portugal inaugura o marcador com um golo soberbo. A multidão explode num grito entusiástico. Estava dado o mote para uma noite gloriosa. Após os noventa minutos, a multidão festeja a vitória por 2-0 sobre a gélida selecção russa. O pessoal vai debandando do recinto em direcção aos carros que prosseguem a sua marcha num coro de buzinas pelas avenidas da cidade.
A noite estava muito quente e nós não tínhamos a mínima intenção de ir para casa. Vamos para o carro e descemos até Belém. Entramos num café grande de esquina com o intuito de tomar mais alguma coisa. O café estava apinhado de gente equipada a rigor que festejava a vitória. Quando já nos preparávamos para sair dali e procurar um local mais desafogada, um grupo de raparigas acena na nossa direcção. Havia algum espaço na mesa delas e convidavam-nos para nos sentarmos ao lado delas. Como seria de esperar, não hesitámos por um segundo e lá fomos todos sorridentes.

Mal nos sentámos, apercebemo-nos que eram brasileiras. Disseram-nos que eram de Fortaleza mas que trabalhavam há mais de dois anos numa grande superfície comercial da capital. Também elas tinham sido atingidas pelo entusiasmo português, envergavam camisolas da equipa portuguesa e estavam a celebrar a vitória.
Como sempre, a nossa dupla entrava em acção em sintonia perfeita e aproveitando as vantagens de termos personalidades completamente diferentes. O Pedro tomava sempre a dianteira nos diálogos com o seu bom humor habitual e eu remetia-me ao meu papel de observador perspicaz e mais contido de palavras, atitude que as deixava sempre desconcertadas e curiosas.
A conversa estava animada e íamos notando que nós lhes tínhamos agradado. Os olhares cúmplices entre elas era evidente. No entanto, a confusão dentro do café era cada vez maior e achámos por bem sair dali, visto que reinava um ruído ensurdecedor naquele local.
Elas eram quatro. Estrategicamente, duas delas dizem que se vão embora já que moravam ali nas proximidades. Eu olho discretamente para o Pedro e pisco o olho. Aquilo deveria ter sido combinado por elas previamente, com o objectivo de fazer dois casalinhos.

Após um momentos de indecisão, acabámos por nos decidir por uma incursão ao Sabor a Brasil, um restaurante-bar que fez um enorme sucesso no final da década de 90. Nada melhor que ouvir e dançar um pouco com os ritmos brasileiros para finalizar uma noite daquelas. Elas estavam de carro e seguem atrás de nós, na direcção da zona oriental de Lisboa. Lembro-me que ao pararmos num semáforo na Praça do Comércio, o Pedro, aumenta o volume do rádio e sai para fora do carro a dançar e a acenar para elas que estavam perdidas de riso. Eram estes tipos de atitudes dele que deixavam as mulheres meio embriagadas pelo entusiasmo e loucura que ele sempre imprimia nos seus rituais de sedução.
Quando chegámos ao Sabor a Brasil, já era bastante claro os casais que se tinham formado naquela circunstância. Eu tinha sido o escolhido da Nádia, a mais nova. Baixa, cabelos pintados de loiro e detentora de uns seios generosos.
Lá dentro, deixámos a conversa de lado e embarcámos na dança. Eu tinha chegado recentemente de uma viagem de férias ao Brasil e num momento de empolgação, descalço-me e danço freneticamente com a Nádia. As mãos iam avançando e as nossas bocas não tardaram a fundir-se num beijo. Perto de mim, via que o Pedro estava na mesma sintonia com a sua parceira de ocasião.

Por ali ficámos por um bom tempo. Elas estavam embevecidas e a nossa empolgação sexual ia aumentando. O bar estava a ficar com pouca gente e decidimos ir embora. Alguns minutos depois, estávamos os quatro dentro do carro do Pedro. Ele na frente com a Ivete. Eu atrás com a Neide. Apenas se ouviam os ruídos de beijos envolventes, o restolhar de tecidos e respirações ofegantes. Não tardei a colocar os peitos de Nádia para fora da blusa e chupá-los demoradamente. Enchiam a minha mão na perfeição e os seus bicos eram deliciosamente rosados. Lentamente, vou avançando com a minha mão por debaixo da saia dela. Ao atingir o seu centro nevrálgico de prazer, dou conta que está bastante molhada e vou masturbando-a suavemente. Minutos depois, sinto-a estremecer, deixando-me os dedos completamente besuntados pelo seu gozo. Mais beijos e afagos calorosos. Eu sentia o meu membro latejar. Desaperto o cinto, abro a braguilha e coloco-o para fora. Neste preciso momento, vejo que na parte da frente do carro, a Ivete já se encontra a mamar sôfregamente o pau do Pedro que reclinava a cabeça para trás. A Nádia olha também e lança-me um sorriso carregado de tesão.
Ajoelha-se no chão do automóvel e afunda o seu rosto na minha zona pélvica. Enquanto me chupa, vou-lhe apalpando as mamas que ainda estavam para fora da blusa. Em espaços intercalados, sentia o meu pau tocar-lhe a garganta. Ela chupava maravilhosamente e não tardei muito para ejacular na boca dela. A Nádia dá sinais de se ter engasgado mas acaba por engolir o meu leite até à última gota, deixando-me totalmente saciado.
As circustâncias, o local e o adiantar da hora não permitiam muito mais. Despedimo-nos delas, trocamos números de telefone e combinamos de nos encontrar na semana seguinte.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Erotismo a Norte


Recebi ontem a notícia de que no próximo dia 4 de Julho de 2009, irá ser realizada uma Festa Eyes Wide Shut na zona de Gaia. Pelas informações que obtive, a selecção dos casais será altamente criteriosa e terão que respeitar o dress code do evento assim como algumas normas de conduta. Fica desde já a promessa de que o verão irá ter início com muito glamour, erotismo e momentos inesquecíveis. Não me foram adiantados grandes pormenores mas a organização solicita o contacto via e-mail a todos os interessados.
eyeswideshutgaia@gmail.com

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Mulher do Próximo


Noite de quinta-feira. Após um jantar bem regado, o nosso grupo decide prolongar o serão no velho Pérola Negra. Festejava-se a despedida de solteiro do Frederico que se iria casar na semana seguinte. O grupo estava animado e o noivo mais ainda. O espectáculo de strip-tease não estava a ser grande coisa, com a maioria das dançarinas a fazerem cara de frete perante a escassa plateia. Além do nosso grupo, apenas mais dois ou três homens de gravata e com aspecto de já fazerem parte da mobília da casa. Aquele velho estabelecimento da noite portuense evidenciava a sua lenta decadência. Ainda assim, pagámos dois table-dances ao nosso amigo Frederico que se deliciou com as curvas de uma ucraniana de peito abundante.
Eu tinha vindo no carro do Jorge que mora perto de mim. O dia seguinte seria de trabalho e por volta da uma e meia da manhã, ele manifesta a sua intenção de ir embora para casa. Eu concordei de imediato. Aquele ambiente algo decandente já me estava a aborrecer e já disfarçava alguns bocejos, num misto de sono e enfado. Despedimo-nos de pessoal e metemo-nos no carro, rumo a Gondomar.

Não fazia muito tempo que eu conhecia o Jorge. No entanto, parecia-me uma pessoa de espírito aberto e alegre por natureza. Numa conversa mais reservada nessa mesma noite, fiquei com a nítida sensação que ele e a mulher seriam swingers. Ele referiu que por vezes mantinha contactos com outros casais pela internet e que já tinha visitado dois clubes de swing nos últimos tempos. Ao mesmo tempo que me ia contando isto, desculpava-se que tudo isto não passava de mera curiosidade do casal e que nunca tinham aprofundado muito o assunto. Eu ia escutando tudo com atenção sem proferir grandes comentários.
Quando chegamos perto da porta de minha casa, ele dá uma guinada na direcção do carro e afastamo-nos dali. Olho para ele surpreendido.
- Afinal, parece que não estou com muito sono. Vamos até minha casa beber mais um copo. Não te preocupes, que depois trago-te para casa - diz o Jorge com a maior tranquilidade.
- Por mim tudo bem, até porque amanhã não tenho que me levantar cedo. Mas vê lá se a tua mulher se vai chatear contigo. Já é tarde e ela já deve estar a dormir... - arrisco eu.
- Deixa-te de tretas. Ela deita-se sempre muito tarde. O mais provável é estar ainda a ver televisão a esta hora. Além do mais, eu já a tinha avisado que provavelmente ainda te levaria lá a casa...
Esta última frase fez com que eu me agitasse no banco. Não me admiraria nada que toda aquela conversa depois do jantar, fosse uma espécie de preâmbulo para alguma coisa que o jovem casal tivesse planeado para essa noite. Porém, tentei desanuviar estes pensamentos pecaminosos da minha mente. Esta hipótese parecia-me altamente improvável mas convinha eu ficar atento...

Tal como o Jorge tinha previsto, a esposa dele ainda estava acordada. Eu só tinha visto a Vânia uma vez e apenas de relance. Entramos na sala, onde ela se encontrava a vêr televisão. Fiquei surpreendido com a sua indumentária, ainda mais, se ela esperava a minha visita. Envergava apenas um baby-doll azul escuro que evidenciava o seu corpo bem proporcionado. O azul combinava na perfeição com os seus cabelos ruivos e seus olhos azuis atrevidos. Fico momentaneamente embaraçado mas tudo aquilo parecia perfeitamente normal para eles.
Ainda meio rígido, sento-me no sofá e o Jorge afasta-se para preparar as bebidas. Traz dois whiskys com gelo e um licor para a mulher. Ela parecia divertida com as perguntas que nos fazia sobre a despedida de solteiro do Frederico. Momentos depois, fico ainda mais desconfiado, quando o Jorge pede à sua mulher que se sente no meio de nós dois. Logo a seguir, observo que o Jorge vai fazendo zapping no controlo remoto do televisor. Sintoniza um canal pornográfico. Eu sinto um ligeiro rubor a colorir a minha face. Pelo canto do olho, observava que eles se mantinham impávidos e serenos. Tudo aquilo me parecia uma técnica de sedução bastante rudimentar mas já ia sentindo curiosidade pelo desenlace da situação.

Não tardou para que eu visse a mão de Jorge subir pela perna da mulher. Ele olha para mim com uma expressão meio estranha.
- Vá, podes mexer também...
Eu agito-me um pouco no sofá, evidenciando algum desconforto e limito-me a esboçar um sorriso amarelo.
- Estou a estranhar a tua timidez. Estás à vontade connosco. Eu e a Vânia adoramos novas experiências e como sei que lhe agradas, já tínhamos falado imenso sobre isto... - incita-me ele.
Sem lhe dar resposta, olho para a Vânia e coloco a minha mão sobre a sua coxa. Ela lança-me um olhar provocador e entreabre os lábios num convite a um beijo. Inclino-me sobre ela e envolvemo-nos num beijo suave. Mais embaixo a minhas mão ia subindo mais. Tal como eu calculava, não existiam cuecas debaixo do baby-doll e ao chegar com os meus dedos na sua vagina, noto que já está completamente molhada. Acaricio suavemente o seu clítoris. Ela volta-se para o marido e beija-o. Aproveito o momento para lhe fazer descair as alças e observar as suas mamas. Eram bem proporcionadas e as sardas que as cobriam, ainda as tornavam mais apelativas. Faço a minha mão subir para o seu peito e apalpo-a levemente. Não demorei a mergulhar naquele peito, sugando-o com sofreguidão. Agora era a vez do Jorge masturbar a Vânia, enquanto eu continuava a chupar as suas mamas.

A temperatura naquela sala aumentava exponencialmente. A Vânia, desliza suavemente para o chão e ajoelha-se á nossa frente. As suas intenções eram óbvias e vamos desapertando os cintos e abrimos as braguilhas. Ao retirar o meu pénis para fora totalmente erecto, a Vânia olha para o marido e solta um comentário irónico.
- Eu bem te disse que ele devia ter uma bela picha.
- Chupa minha puta, quero-te ver a mamar noutro macho! - responde o Jorge.
Ela não se faz rogada e abocanha-me o pau. A meu lado, o Jorge ia observando a cena e masturbava-se levemente. Pouco depois, a Vânia estava totalmente enlouquecida e alternava a boca nos dois pénis que se erguiam na sua frente. Uma perfeita combinação de movimentos de boca e mãos.
Daí a pouco, noto que o Jorge olha para mim com alguma insistência, enquanto ela ainda se deliciava a chupar-nos.
- Bernardo, quero que fodas a minha mulher! Eu gosto muito de a vêr com outros homens...
- Ok! - respondi entredentes.
O Jorge vai até uma gaveta, abre-a e entrega-me um preservativo. Enquanto eu me desembaraço das minhas roupas e me preparo para colocar a camisinha, ele senta novamente a Vânia no sofá e começa a chupar-lhe o grelo. Ela agarra-lhe a cabeça e geme baixinho. Naquele momento eu já estava tão excitado que já nem lembrava da invulgaridade daquela cena em que estava envolvido.

Eu mantinha-me de pé, com o preservativo colocado e já aguardava com impaciência, o momento de possuir aquela ruiva fogosa. O Jorge coloca a esposa de quatro no sofá e faz sinal para eu avançar. Eu coloco-me atrás dela e introduzo o meu pénis lentamente. Ela solta um gemido e baixa a cabeça de um modo muito sensual. O marido afasta-se. Posiciona-se numa poltrona mais afastada para têr uma visão previlegiada e vai-se masturbando. Enquanto isso, agarro as ancas da Vânia com força e fodo-a cada vez mais rápido. Instantes depois, noto que ela se agita bastante. Morde uma das almofadas do sofá, tentando sufocar os gritos do orgasmo que lhe causava espasmos pelo corpo todo.
O Jorge não se aguenta muito mais e vem-se abundantemente, inundando a barriga de esperma viscoso. Eu mantinha-me na mesma posição e ia fustigando a Vânia por trás. Para tornar a coisa ainda mais intensa, enfio-lhe um polegar no ânus. Ao sentir aquela pequena pressão na cabeça do pénis, venho-me pouco depois. Quando me retiro de dentro dela, vejo que a camisinha está pesada na ponta tal a intensidade da minha ejaculação.

Após refrearmos aquele momento de alucinação sexual a três, noto que sou invadido por um súbito incómodo. Visto-me rapidamente e dou mostras de querer sair dali. Acho que eles perceberam isso e despedimo-nos num misto de embaraço e cumplicidade, difícil de definir.
Já passava das três da manhã, quando o Jorge me deixou na porta de casa. Como seria de esperar, pede-me o maior sigilo em relação ao que se tinha passado mas que gostaria de repetir a situação, dizendo que eu o tinha surpreendido pela positiva. Lanço-lhe um sorriso mordaz e digo que é uma questão de irmos conversando sobre o assunto...




quarta-feira, 20 de maio de 2009

Porno Made in Portugal


Dois novos canais de conteúdos hardcore de produção nacional vão estrear em breve na Zon TV Cabo. Os pedidos de licenciamento do Hot TV e Hot Nights já deram entrada na Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC), que confirmou ao CM "estar a analisar os referidos pedidos. Não podemos ainda fazer uma previsão quanto à data em que venhamos a tomar uma decisão".
Fonte: Correio da Manhã

terça-feira, 19 de maio de 2009

Show-Room


Por esta altura, eu ainda trabalhava numa das maiores empresas do sector automóvel português. Foi uma época conturbada a nível emocional. Estava sem namorada e preenchia grande parte do meu tempo livre com aventuras e flirts inconsequentes. No entanto, existia a Carla que tinha sido minha ex-colega numa empresa onde tinha trabalhado anteriormante. Ela tinha saído recentemente de uma relação de vários anos e creio que funcionei como estímulo para ela se libertar daquela melancolia que nos invade nestas ocasiões. Os nossos encontros iam-se tornando cada vez mais frequentes e tórridos. Além de uma grande amiga, eu ia descobrindo na Carla uma mulher muito interessante e com um imaginário sexual muito fantástico. Um pouco mais nova que eu, estatura mediana, cabelos pretos lisos e de formas generosas que exalavam uma sensualidade selvagem que deixava totalmente inebriado.
Numa tarde de fim de semana, encontrámo-nos perto de minha casa. Tomámos café e convido-a para dar um pequeno passeio comigo. Fomos até Sintra e dali seguimos viagem rumo às praias mais próximas. O dia estava quente e aproveitámos para relaxar um pouco numa esplanada à beira-mar. Uma das coisas que mais me atraía nela, era o facto, de que apesar de já termos estado na cama algumas vezes, existia sempre um clima de sedução e sensualidade entre nós, como se tratasse do nosso primeiro encontro com segundas intenções.

Os nossos diálogos eram sempre muito estimulantes e existia uma troca de olhares que faíscavam de desejo. Aquele dia não estava a furgir à regra e a conversa estava cada vez mais apimentada. Ao final da tarde, entramos no meu carro com o intuito de regressar a casa e envolvemo-nos em beijos ardentes. O seu corpo voluptuoso chamava por mim e as minhas mãos começavam a assediar áreas proibidas. A temperatura ia aumentando por ali e eu não estava a aguentar a minha tesão. O horário de verão não permitia que fôssemos mais ousados dentro do carro, porque existia ainda muita claridade e muitas pessoas na rua. Por outro lado, na época eu estava a dividir um apartamento com um colega meu e não a poderia levar para lá nesse dia. Necessitávamos de uma solução urgente para tanto desejo. De repente, passa-me pela cabeça uma ideia ousada mas que poderia funcionar na perfeição. Acciono a ingnição e arranco rapidamente dali para fora, sem lhe explicar o que tinha em mente, embora fosse disfarçando o meu sorriso sorriso mordaz.
Nas imediações de Sintra, dou entrada num pequeno parque industrial onde se localizava um dos stands de vendas da marca de automóveis que representava. Ela olha para mim espantanda, já antevendo o que eu estava a planear. Saímos do carro sorrateiramente, abro a porta e entramos discretamente.

Levo-a para o piso superior da loja, onde estavam localizados os nossos gabinetes de trabalho. Apesar do pouco movimento de pessoas naquele parque industrial ao fim de semana, tenho o cuidado de baixar as persianas do gabinete do meu chefe, não fosse haver o azar de sermos vistos por algum traseunte mais curioso. Logo que tivémos a nossa privacidade improvisada, trato de a encostar ás vidraças do gabinete. Beijamo-nos ferverosamente, numa embriaguez de desejo e tesão. Baixo-lhe o top laranja, apalpo e chupo aqueles peitos magníficos. As nossas respirações estavam ofegantes e já não aguentava tanta esfregadela um no outro. Parecia que o meu pau queria rebentar com o fecho das minhas calças. Conduzo a Carla para junto de uma mesa de apoio que existia dentro do gabinete e deito-a sobre ela. Baixo-lhe as calças, desvio-lhe as cuecas para o lado e afundo a minha boca na sua vulva que já estava totalmente molhada. Aquele cheiro de fêmea faminta ainda me estava a pôr mais doido, fustigando-a com a minha língua. Não tardou para que se viesse na minha boca, mordendo os lábios para conter os gritos de êxtase.

Logo de seguida e numa atitude que não era desprovida de ironia, sento-me no cadeirão do meu chefe. Ela entendeu rapidamente o que eu pretendia e trata de se ajoelhar na minha frente, para me retribuir todo o prazer que eu lhe tinha dado com a minha boca. Lembro-me perfeitamente que a Carla, se entusiasmava bastante quando eu lhe dizia palavras obscenas durante o sexo. Não me fiz rogado e fui proferindo tudo o que me passava na cabeça, enquanto ela chupava gulosamente o meu pénis. Eu aproveitava para fazer pequenas pausas e bater-lhe com o meu pau no seu rosto, atitude que a enlouquecia por completo. O meu sexo quase que doía de tanto latejar. Tinha necessidade de a possuir de imediato mas ocorre-me mais uma ideia. Peço que me acompanhe até ao piso inferior, onde se encontravam os carros em exposição. Com as rupas e cabelos completamente em desalinho, escolhemos o topo de gama para nos entregarmos à fusão dos nossos corpos. Coloco um preservativo cuidadosamente e coloco a Carla estendida no banco traseiro do automóvel e penetro-a profundamente. Alguns minutos depois, invertemos posições. Sento-me no banco e a Carla trata de me cavalgar furiosamente, apoiando-se nas pegas laterais. Uma situação completamente inusitada mas que nos excitava ainda mais. Acabamos por gozar simultâneamente, fundindo-nos num abraço terno e um beijo apaixonado. Os vidros do carro estavam totalmente embaciados e tratamos de nos recompor.

Saímos da viatura, pé ante pé, na direcção das casas de banho. Coloco-me em bicos de pés, em frente ao lavatório, para lavar a minha área pélvica. Ainda estava duro e a Carla não resiste a ajoelhar-se mais uma vez e a chupar a vara. Agarro-a pelos cabelos e deixo-me conduzir pela sua boca macia. Estávamos totalmente enlouquecidos de desejo e quando dou por mim, já lhe estou a tirar as calças mais uma vez. Sento-a em cima da bancada do lavatório, coloco mais um preservativo e fodo-a até às entranhas. A intensidade das minhas estocadas faziam-na galgar o espelho que estava por trás dela. Espelho esse que reflectia a imagem do meu rosto afogueado e os olhos ávidos de prazer. Momentos depois, sinto as minhas pernas fraquejarem e um fervilhar intenso na base do meu pénis e ejaculo novamente. Estávamos exaustos e estava na hora de nos pormos a caminho.
Retiramon-nos discretamente da loja e entramos no meu carro. Na saída do parque industrial, um dos seguranças reconhece o meu carro e pede para eu parar. A Carla, a meu lado, fica corada e olha na direcção oposta. Baixo o vidro e cumprimento o segurança. Ele olha para mim desconfiado e pergunta se há algum problema. Desculpo-me dizendo que tinha-me esquecido de uns documentos de um cliente e que tinha passado por ali, já que lhos tinha de entregar na segunda-feira seguinte. Ele acena com a cabeça ainda desconfiado. Retribuo o gesto, subo o vidro e acelero o carro, na ânsia de me afastar dali rapidamente. Olho para a Carla e temos um enorme ataque de riso.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

XXX


Recordo aqui algumas imagens do espectáculo XXX da Fura Dels Baus que me deixou siderado há uns anos atrás, no CCB. Uma mistura de teatro e performance fascinante a nível visual.

domingo, 17 de maio de 2009

Secretismo Conveniente


Hoje decidi abrir as portas do motel a colaborações exteriores. A estreia estará a cargo do Pedro, meu ex-colega de trabalho e ao qual já fiz referência em relatos anteriores, que me enviou este texto para vossa apreciação.

Finalmente encontrei

…e os seus mimos de mulher doce, me chamaram à atenção naquela rede social que partilhamos com os amigos e se conhecem pessoas que quase sempre não passam de vulgares seres humanos projectando um “eu” perfeito de si próprios…

…involuntariamente e guiados, não se sabe bem porquê nem por quem…, a doçura desta mulher começa a entranhar-se no meu ser…

Os mimos constantes partilhados, abrem a porta para o nível seguinte onde a pouco e pouco se vão descobrindo uma mulher e um homem, que transmitem idênticas formas de pensar e viver a vida.

Doces seres amantes… amados…, mas com algo comum a muito poucos, a loucura saudável de viver…conservadores e liberais num ser só.

Ávidos de encontrar o mais perfeito complemento de fusão dos seus loucos imaginários…

A amizade sincera, a verdade da vida, o desejo e o tesão neste secretismo conveniente!

A necessidade de nesta mente alimentada de surpresa, de viver o outro corpo cheiroso, saboroso e cheio de tesão inexplicável!

Estranho, muito estranho esta mulher doce, dá-me um tesão inexplicável…

Escrevo e toco o meu caralho que ferve de tesão e me arrepia…a cabeça pensa como o contacto vai ser bom… deve ter uma vulva, um cú, umas mamas e uma boca super voluptuosos…

Não aguento mais, escorro do meu caralho, tenho de me vir a pensar em ti Ana, outra vez…

HUMMMMMM…

Tantoooooo……….

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Emissão Nocturna


- Passam cinco minutos das zero horas desta madrugada de 25 de Fevereiro de 2009. Benvindos a mais uma emissão do programa Brumas da Noite. A partir de agora, e até às três da manhã, este vosso amigo a fazer-vos a melhor companhia possível nos 95.4 FM da Rádio Clube da Covilhã. Muita música, alguma conversa pelo meio...e também a nossa habitual boa disposição.
Era assim que Duarte Neves, preenchia três horas por noite, de segunda a sexta feira naquela rádio local. A emissão abrangia toda a região da Beira Interior. A sua voz e selecção musical passaram a ser sintonizadas por milhares de ouvintes. Durante o dia, era professor de História na escola secundária Campos Melo no período vespertino. As noites na rádio preenchiam-lhe o vazio existencial e a solidão provocadas por uma viuvez precoce.
O programa era um sucesso em termos regionais. Muita música e essencialmente boa disposição. Duarte interagia com os ouvintes, passou a ser confidente via telefone, era muitas vezes cúmplice de vidas atribuladas.
Bastava uma piada no início do programa para que os ouvintes telefonassem:

- E para si, minha boa amiga, não esteja triste. De facto o seu marido ainda não chegou a casa, mas não pense coisas desagradáveis, não pense no que a vizinha lhe anda a meter na cabeça.
A seguir a estas palavras, passava uma música romântica, para logo a seguir continuar:
- Então, está melhor...naturalmente o seu marido, depois de sair do trabalho, encontrou algum amigo de longa data com quem esteve na tropa. Vá lá...fique bem disposta e descontraia. Não tenha maus pensamentos. Esta música é especialmente para si.
Mais um tema romântico para amenizar os ânimos das esposas irritadas. Três a quatro minutos depois o telefone tocava. Várias chamadas. Umas a seguir às outras. Aquilo parecia telepatia colectiva.
Este era um pequeno exemplo do fenómeno rádio; um pequeno recado e ele conseguia apanhar dezenas de situações que antevia e que estavam a acontecer naquele momento. Envolvia-se com os ouvintes em conversa telefónica, em off, e na segunda hora do programa voltava à carga. Mais uma série de telefonemas de todos os tipos.
Acabava o programa cansado, mas radiante. Despoletava uma corrente de cumplicidade, de participações estranhas. Como era possível as ouvintes acreditarem tanto nas suas palavras, produto da imaginação de quem conhece os hábitos dos homens e o pensar das mulheres.
Todas as noites vinham ao seu encontro, através do telefone, muitos desabafos e confidências. As pessoas do outro lado da linha falavam, relatavam ocorrências íntimas das suas vidas. Geralmente, para não dizer sempre, as conversas partiam de ouvintes solitários, que vivem sós, ou que estavam sozinhas por motivos diversos. Muitos idosos. Era doloroso, segundo as suas próprias palavras, viver entre quatro paredes à espera da morte. À espera dos filhos que tardam em visitá-los depois de se mudarem para as grandes cidades do litoral.

E depois existiam os telefonemas atrevidos e convites cheios de malícia.
- É o próprio Duarte Neves que está ao telefone... - inquiria uma voz melosa.
- Sim... - respondia ele.
- Adoro o seu programa, se não fose a rádio não sei como passaria as noites. Já não tenho paciência para ver televisão, continuava do outro lado da linha.
- Não me diga uma coisa dessas, replicava, a dar corda à ouvinte.
- Sabe, estou sempre sozinha a esta hora, o meu marido fica a trabalhar até tarde e depois ainda vai para os copos com os amigos.
- É um malandro o seu marido, deixar uma mulher tão simpática sozinha em casa. Isso não se faz...
- Você deixa-me toda arrepiada. A sua voz é ainda mais bonita ao telefone do que ao microfone, afirmava a mulher desconhecida.
- Espere um pouco, não desligue, tenho que mudar o CD e dizer alguma coisa ao microfone, dizia Duarte, prendendo a linha.
Telefonemas destes recebia vários durante as três horas de programa, alguns a perguntarem o que fazia além da rádio, que gostavam de o conhecer pessoalmente, etc. Entre todos os telefonemas e conversas sem pés nem cabeça, uns despertavam-lhe a atenção. Uma ouvinte que telefonava sempre por volta da meia-noite e tal a cumprimentá-lo, a desejar um bom programa, a pedir alguma música e depois, quase ás três horas, a dizer que tinha gostado muito, que era uma pena o Brumas da Noite acabar, mas que ia dormir a pensar nas músicas dele.
Duarte Neves, quando dava início ao programa, se não recebesse este telefonema, já estranhava e sem querer às vezes dizia:
- Esta noite sinto-me triste. Ainda não ouvi aquela voz maravilhosa que me inspira...vá lá, telefone para mim.
E ela telefonava mesmo. Pedia desculpa, explicava que a linha estava ocupada e que desde as dez da noite, aguardava ansiosamente que o programa tivesse início para falar com ele.

Andavam nisto desde Dezembro do ano anterior. Uma espécie de namoro platónico por telefone. Ele já sabia a sua vida toda. Por vezes o pregama terminava e ficavam a conversar até às quatro da manhã.
Segundo as suas palavras, tinha nascido e vivia em Gouveia, estava perto de completar trinta e nove anos e tinha uma filha com dezasseis anos. Casara cedo.
Possuía um restaurante muito conhecido na região da Serra da Estrela, e aparentemente vivia bem. Mas a rotina da vida que levaca deixava-a insatisfeita cada vez mais. O marido distraía-se com os amigos e com o futebol. Tinha o vício da pesca e da caça, o que fazia com que se ausentasse de Gouveia por alguns dias.
As amigas tinham as suas próprias vidas e os seus problemas ocupavam-nas. Sentia-se jovem e velha ao mesmo tempo. Queria mudar algo, mas tinha um grande receio, o medo de fazer asneiras.
O destino empurrava-os. Dizia que na intimidade do seu quarto, desejava conhecer-lo, que se tocava a pensar nele, que desejava conhecê-lo, beijá-lo, queria ser dele, mas tinha medo dela própria, que se ele correspondesse à imagem criada no seu subconsciente não saberia responder quanto ao futuro. Manifestações ocultas, desejos escondidos, mistérios difíceis de penetrar ou verdades absurdas, tudo isso estava a acontecer entre eles. Inevitável seria o encontro entre eles.

Foi num sábado do mês de Abril que se encontraram. Tinham combinado no parque de estacionamento do Intermarché da Covilhã, às três da tarde. Ela estaria junto do seu carro, um Lancia preto, e levaria calças jeans, botas até ao joelho e uma camisola bege. Ele iria vestido com calças beges e um pullover verde escuro, o carro era o jipe Suzuki.
- Boa tarde, sou o Duarte...
- Sou a Helena...disse ela, mal a encarou junto ao automóvel novinho em folha.
Ela estava com umas calças jeans, camisola de gola alta bege, tudo justinho ao corpo. Trazia botas até ao joelho, castanhas em pele, como o cinto largo. Uns brincos exóticos caem-lhe sobre os ombros. Duarte ficou deslumbrado. Ela olha-o de alto a baixo, perplexa e fascinada também.
- Pois é. Finalmente, frente a frente, deixa ele escapar nervosamente.
Mais descontraída agora e sorridente, vai-se adiantando na conversa.
- Não convém ficarmos aqui parados a olhar um para o outro. Isto são cidades pequenas e nunca sabemos quem podemos encontrar. Vamos sair daqui...
- Claro, estaciona melhor o teu carro e vamos dar uma volta no meu - diz Duarte.
Saem da parque de estacionamento e seguem na direcção da serra. Depois de várias curvas e contracurvas, avistando penhascos de granito, dirigem-se para a Torre. Ela quis afastar-se da turba de turistas que andava por ali. Preferiu ir para perto de um declive onde ainda havia laguma neve. Ele fez-lhe a vontade. Estava por sua conta.
A Helena era uma mulher atraente. Com a idade que tinha, fazia inveja a muita raparigas de vinte anos. Estatura média, talvez um metro e sessenta de altura, cabelos pretos a cairem-lhe nos ombros, olhos esverdeados, peito normal e cintura delgada. As pernas debaixo das calças justas mostravam ser bem feitas e, atrás, o rabo empinava-se, suplicando por umas palmadas.
Em frente a um horizonte imenso, acima dos dois mil metros de altitude, como dois namorados de escola e de mãos dadas, ouve ela dizer:
- Nem posso acreditar nisto!
- O que se passa...
- Excedes todas as previsões que fazia a teu respeito.
- Ainda bem. Quer dizer então que passei no exame das aparência - responde Duarte, seguro de si.
- E de que maneira! Esse cabelo volumoso, essa tua voz, os teus olhos. Ès muito atraente, diz, apertando a mão dele.
Duarte puxa-a de encontro ao seu corpo, fixa o olhar de Helena e vê os seus lábios entreabrirem-se. Ela abraça-o dengosamente e deixa-se beijar. Parecia uma garota estonteada e envergonhada com o primeiro contacto com o namorado. Lentamente, ele vai acariciando-a e começa a sentir a sua língua a enrolar-se na dele. Helena perde a timidez e passa a devorá-lo com beijos ardentes.
Ele faz uma breve pausa, olhando para meia-dúzia de adolescentes que se preparavam para iniciar uma escalada ali perto.
- Ai, que vergonha, tanta gente aqui...vamos embora para outro lado! - exclama Helena.
- Gostavas de ir para onde...
- Tu é que sabes, para um local onde possamos estar à vontade, quero-te muito.
- Tenho aqui as chaves de um chalet de uma tia minha, ali, nas Penhas da Saúde. Vamos para lá.

Duarte não tinha nada que pensar e muito menos que fazer. Foi só o tempo de entrarem novamente no jipe, fazerem o trajecto descendente da Torre para as Penhas da Saúde e pararem frente a uma casa de paredes de pedra, típica daquela região serrana.
Na semi-escuridão dum quarto com um ligeiro cheiro a mofo, com uma vista magnífica sobre a cidade da Covilhã, entregaram-se a uma sessão de sexo frenético de duas pessoas que se desejam há vários meses. Muito sexo, muito suor, muitas palavras e várias promessas...
Era quase noite quando Duarte a deixou no parque de estacionamento. Ela ainda tinha de ir para Gouveia, passar por casa e depois para o restaurante ajudar o marido. Ele regressaria também a casa. Iria confeccionar mais um jantar solitário. Depois, mais para o final da noite, iria alinhavar algumas ideias para o seu programa de rádio que voltaria a abraçar na segunda-feira seguinte. Mais uns quantos telefonemas e dezenas de músicas passadas com dedicatórias para ouvintes assíduos...


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Feira Popular


Em 2003, a Feira Popular de Lisboa encerrava as suas actividades. Hoje, aproveito para recordar uma aventura a três que tive neste célebre parque de diversões no final de Agosto desse mesmo ano.
Eu e o meu colega Pedro dávamos por encerrado mais um dia de trabalho. Na saída, ele desafia-me para um jantar na Feira Popular. Era sexta-feira, a noite prometia ser quente e eu não tinha nada programado nada para esse serão. Aceitei de imediato e ele foi-me adiantando com um sorriso irónico, que iria convidar uma amiga para nos acompanhar. Desde logo, aquele convite pareceu-me suspeito mas não lhe disse nada. Combinámos de nos encontrar uma hora depois. Passaríamos por casa para nos livrarmos dos incómodos fatos e gravatas, tomar um banho e colocar uma roupas mais confortáveis.
Por volta das oito da noite, escuto um toque no telemóvel. Era o Pedro que me esperava na porta do prédio. Seguimos em alta velocidade rumo a Lisboa. No caminho, ele foi-me explicando que a sua amiga nos esperava. Também adiantou que se tratava de uma antiga bailarina, com uma vida bastante conturbada e completamente imprevisível. Pensei para com os meus botões que a noite prometia momentos alucinantes.

Pouco depois, estacionávamos o carro frente a um prédio antigo em Arroios. Vejo surgir uma mulher de trinta e poucos anos, cabelo preto curtinho e bastante magra. Ela e o Pedro cumprimentam-se efusivamente e sou apresentado à Ana. Quando chegámos à feira estávamos famintos e procurámos rapidamente para um restaurante. No recinto já se respirava uma atmosfera nostálgica, uma lenta e agonizante despedida, em que a degradação das instalações parecia ainda mais evidente e com poucas pessoas a circular pelo recinto. Os restaurantes que outrora estariam cheios numa sexta-feira à noite, estavam agora praticamente entregues às moscas.
Instalamo-nos no primeiro andar de um desses restaurantes, junto às janelas que faziam circular um ar fresco na sala. Fazemos o nosso pedido e vamos bebendo sangria gelada. A conversa fluía a bom ritmo e já dava para notar que a Ana era uma mulher vivida pelas conversas que tinha. A certa altura, apercebo-me de uma certa conspiração entre ela e o Pedro. Não sabia bem do que se tratava, mas calculava que estivessem a tramar alguma e que eu estaria envolvido naquele esquema que engendravam. Esse sentimento ainda se tornou mais claro, quando regresso de uma ida à casa de banho e os apanho aos risinhos e a olhar para mim. Finjo não perceber nada e continuamos a nossa refeição que por aquela altura já ia bem regada.

Após termos bebido os cafés, continuamos a nossa animada conversa. Eu mantenho-me mais calado. È da minha natureza falar pouco e observar atentamente as pessoas e os ambientes que me rodeiam. A dada altura, sinto uma sensação desagrável em relação à Ana. Não conseguia muito bem entender o que era, mas o seu olhar perturbava-me de certa maneira. Ela tinha notórios tiques psicóticos e ia contando alguns episódios da sua vida pouco dignificantes. Prefiro não dar muita importância a isso. Afinal de contas, estava ali para beber uns copos e divertir-me um pouco.
Saímos do restaurante, já passava das onze horas da noite e circulamos um pouco pelo recinto. Mais uma vez, dava conta que ela e o Pedro continuavam com os segredinhos entre eles. Ao passarmos em frente ao labirinto dos espelhos, a Ana diz que gostaria de entrar. Compramos os bilhetes e entramos lá para dentro. Passamos pela enorme roda da entrada e subimos ao primeiro andar onde se encontrava o labirinto propriamente dito. Éramos as únicas pessoas por ali. Daí a pouco, vejo a Ana a baixar as calças e a exibir o seu rabo. Usava umas diminutas cuecas fio dental pretas e diga-se de passagem que tinha um traseiro bem proporcionado em relação ao resto do corpo. Fiquei momentaneamente atónito com a sua aitude mas estava decidido a entrar na brincadeira. Perto de mim, o Pedro ria às gargalhadas. Era evidente que tudo isto tinha sido planeado pelos dois com o objectivo de me surpreender. Aproxima-se dela e afaga-lhe as nádegas. Ela ajoelha-se a seus pés, abre a braguilha, tira-lhe o pénis para fora e começa a chupar. Eu vou observando a cena de perto. O Pedro pede para que eu me aproxime e faça o mesmo. Envolvido por aquele momento de loucura colectiva, coloco o pau para fora. Agachada á nossa frente, a Ana vai alternando a sua boca nos nossos mastros, demonstrando todo o seu talento oral.
Com receio de sermos surpreendidos por algum funcionário ou outro visitante, damos fim aquela cena. Recompomos a roupa, respiramos fundo e saímos dali para fora rapidamente.

Ao abandonarmos a feira, a Ana diz que tem vontade de ir para um bar. Entramos no carro e vamos seguindo pela Avenida da República, rumo ao centro da cidade. Eu vou observando distraídamente o traseuntes que vão passado nas calçadas e quase nem me apercebo de um restolhar de tecidos a meu lado. Noto um vulto debruçar-se para a frente do habitáculo e quando olho para o lado, sou surpreendido ao vêr a cabeça da Ana mergulhada no colo do meu colega. Continuamos a nosa trajectória, comigo perdido de riso e olhando para os carros que nos ladeavam, tentando observar se alguém de apercebia da loucura que se desenrolava ali dentro. Estava provado que aquela Ana era verdadeiramente alucinada. O broche só terminou a meio da descida da António Augusto de Aguiar.
Paramos o carro nas imediações do Marquês de Pombal, junto a uma caixa multibanco. O Pedro sai do carro, ainda ajeitando as calças e vai levantar dinheiro. Sem proferir uma única palavra, a Ana desliza para o banco da frente e senta-se no meu colo. Beija-me e põe as mamas para fora. Eram umas mamas pequenas, mas perfeitamente desenhadas e sensuais. Afundo o meu rosto no seu peito e lambo os bicos que ficam endurecidos sob o toque da minha língua. Eu senti que ela estava sôfrega e observo que ela vai baixando as calças mais uma vez. Desliza as cuecas para o lado e exibe a sua vagina totalmente depilada. Tomba para trás e pede para eu lamber. Debruço-me e chupo-a ao de leve.

Quando o Pedro se aproxima do carro e observa a cena, desata-se a rir novamente. Entra e ficamos completamente apertados com a Ana no meio de nós dois. Era a vez dele provar aquele mel. Enquanto ele a vai lambendo, dedico-me uma vez mais a chupar e a afagar os peitos da Ana. Ficamos naquilo durante algum tempo, com o carro estacionado em cima da calçada e ignorando completamente quem pudesse estar a passar por ali.
A temperatura aumentava rapidamente mas decidimos acabar com aquele momento tórrido. Recompomos as nossas roupas e cabelos e seguimos viagem para o bar. O episódio daquela noite ficou por isto mesmo. No entanto, cheguei a sair mais algumas vezes com a Ana e experimentei todo o seu fulgor sexual. Infelizmente, as más vibrações que ela me tinha transmitido no início daquela noite tinham algum fundamento. A mulher tinha tanto de louca como de boa na cama. No entanto, dedicava-se a jogos doentios que tinham por objectivo causar danos na amizade que eu tinha com o Pedro. Porém, ela parecia esquecer-se que estava a lidar com dois homens experientes, verdadeiros lobos da noite naquela altura e que não seria fácil domar-nos com os seus estratagemas.
Seguiram-se dois ou três meses intensos de sexo, mentiras e intrigas que nos deixaram perturbados, mas no final, a confiança que tínhamos um no outro acabou por prevalecer e a Ana desapareceu subitamente de circulação.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O Apelo das Fardas

Ontem, ao ler o Jornal de Notícias, deparei-me com esta pequena notícia, que se passou em Penafiel, na passada quarta-feira.

" Professora apanhada a ter relações sexuais com Cabo da G.N.R, em pleno Pingo Doce de Penafiel! ".

segunda-feira, 11 de maio de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Metereologia


Esta semana começou com temperaturas muito agradáveis e sol radioso. Já me estava a preparar para fazer a minha primeira incursão à praia durante o fim de semana, mas ao que parece, as nuvens negras e o tempo instável estão de volta. Enquanto esta primavera lusitana continua com cara de inverno, resta-me suspirar de saudade ao lembrar-me das magníficas praias do nordeste brasileiro.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Hieros Gamos

Na Antiguidade, entre os estudiosos, sacerdotes e iniciados, o sexo era considerado algo sagrado e uma maneira de se reconectar com o EU divino que habita cada um de nós, como uma das formas mais bonitas de “Religare” e sempre esteve associado a muitas comemorações e rituais de fertilidade. O reino do sexo mágico é o domínio e o poder do feminino.

Antes de começar, quero deixar claro que sempre existiu o sexo “vulgar” ou profano, que a maioria das pessoas conhece e pratica normalmente. O sexo sagrado, envolve todo um ritual de entrelaçamento das energias entre os chakras fortes masculinos e femininos durante o acto sexual entre dois iniciados. Durante esta relação, o casal canaliza e amplia suas energias através de seus chakras, desde o Muladhara na penetração, despertando a Kundalini (serpente sagrada), florescendo por entre os nadis dos amantes até o Sahashara, gerando um fluxo gigantesco das energias telúricas e projetando-as para o universo, ou utilizando estas sobras de energia para a realização de determinados rituais.

Através do sexo sagrado, o corpo da mulher torna-se um templo a ser venerado e o enlace entre o sacerdote (que assume o papel de um deus) e a sacerdotisa (que assume o papel de uma deusa) adquire uma conotação ritualística capaz de despertar grandes energias e até fazer com que eles cheguem à iluminação (e a orgasmos muito mais fortes!).

Suméria

Os rituais sexuais existem desde os primórdios da humanidade e estiveram presentes em todas as grandes culturas da humanidade. As primeiras referências a eles, e também a mais famosa, é o Hieros Gamos, ou “Casamento Sagrado”. Este ritual era realizado na Suméria, 5.500 anos atrás. Nele, a alta sacerdotisa assumia o papel do Avatar da grande deusa Inanna e fazia sexo com o rei ou imperador, que assumia o papel do deus Dumuzi, para mostrar sua aceitação pela deusa como governante justo daquela região.
Isto era feito diante da corte, pois naquele tempo não haviam tabus para se praticar sexo em público se fosse em uma cerimónia religiosa. O símbolo desta união era um chifre, também chamado de “cornucópia” (uma referência clara à vagina da Grande Deusa em sua abertura e o falo do grande deus em seu chifre), do qual brotavam frutas, verduras e toda a fartura dos campos. Era uma associação óbvia entre os rituais sexuais de fertilidade e as colheitas que se originavam das plantações energizadas por tais rituais. O símbolo da cornucópia foi eternizado na Mitologia grega, através dos ritos Dionísios com sua forte presença no Olimpo, e mantém-se até os dias de hoje como símbolo de fartura.

No Egipto, existiam primariamente três classes de sacerdotes iniciados: o Culto ao Templo Solar, cujo templo principal ficava em Hélios, baseado nos misterios de Osíris de sua morte e ressurreição, da conspiração de Seth, da vingança de Hórus e seu triunfo. Este culto lidava essencialmente com energias MASCULINAS em seus rituais, baseados na força e simbolismo do sol, movimentando os aspectos de Yang (positivos, fortes, racionais, diretos). Desta ordem surgiam os comandantes dos exércitos do Templo e, posteriormente, os Cavaleiros Templários e a Maçonaria, descendente directa dos templários. Esta é a razão pela qual apenas HOMENS são iniciados na maçonaria. Não se trata de um clube masculino ou de nenhum preconceito com as mulheres, como muitos detractores alegam, mas, essencialmente, os rituais maçónicos são de energia Yang e a presença de uma mulher no templo em uma loja solar apenas atrapalharia toda a egrégora (existem organizações para-maçónicas como as Fraternidades Femininas e ordens como as Filhas de Jó para mulheres, mas a ritualística é outra, especialmente voltadas para as meninas e mulheres. Muito diferente do golpe da “maçonaria feminina” que Non Ecziste!).

Além desta Ordem, existia a Ordem dos Mistérios de Ísis, voltada apenas para MULHERES. Estas ordens lidam com a energia lunar, com o Yin, com a intuição, com a sedução, com as emoções subtis que pertencem ao campo do feminino. Da mesma forma, era proibida a presença de homens em uma loja de Ísis. Ísis recebeu vários nomes em seus cultos: Islene, Ceres, Rhea, Venus, Vesta, Cybele, Niobe, Melissa, Nehalennia no norte; Isi com os hindus, Puzza entre os chineses e Ceridwen entre os antigos bretões. O terceiro tipo de Ordem eram as Ordens de Ísis e Osíris, ou as ordens mistas. Estas eram ordens espirituais, preocupadas com o estudo das ciências e dos fenómenos naturais. Pode-se dizer que foram as primeiras ordens de cientistas do planeta, estudando ao mesmo tempo fenómenos físicos, matemáticos e espirituais. Destas ordens, Grandes iniciados como o faraó Tuthmosis III, Nefertitti, Akhenaton (ou Amenhotep IV) e Moshed (ou Moisés para os íntimos) estabeleceram as bases de praticamente todas as escolas iniciáticas que surgiram, inclusive todos os ramos das Ordens Rosacruzes.

Cada templo era formado por até 13 membros (do sexo masculino/solar, feminino/lunar ou misto, com qualquer número de homens e mulheres, dependendo da ordem). Quando haviam mais iniciações, estas lojas eram divididas em mais grupos contendo 5, 7 ou 11 estudiosos. Era comum que membros da Ordem do Sol ou da Lua participassem nestas ordens mistas, assim como até hoje é comum maçons ou wiccas participarem das ordens rosacrucianas.
Treze pessoas em um grupo era considerado o ideal, pois constituía um CÍRCULO COMPLETO, cada um dos iniciados representando um dos signos do zodíaco, ao redor do Grande Sacerdote. Isto será válido em outras culturas como a celta, romana, bretã e até africana.

Um quarto grupo era formado por sacerdotes especialmente escolhidos do Templo do Sol e do Templo da Lua, para as festividades das Cheias do Nilo, Morte e Ressurreição de Osíris, Início do ano e várias outras celebrações importantes. Estas celebrações eram Hieros Gamos, onde um sumo-sacerdote coordenava (mas não participava!) do sexo ritualístico entre 6 casais (totalizando 13 pessoas). Estes casais eram geralmente (mas não obrigatoriamente) casados e assumiam suas posições no círculo formando o hexagrama, com o sacerdote ao centro. Estes rituais poderiam ser realizados num Templo ou em alguns casos, dentro de pirâmides, que estavam ajustadas para as freqüências que eles desejavam ampliar para o restante da população (ou do planeta). Mais tarde, o mesmo princípio será usado nos festivais celtas, mas já chegaremos lá.

Em grandes festividades, outros iniciados participavam (fora do círculo principal, que era formado pelos casais mais poderosos), formando um segundo círculo externo ou grupos, dependendo do número de pessoas. Estas sacerdotisas assumiam a representação da deusa Meret, a deusa das danças e das festividades, e os sacerdotes assumiam a representação de Hapi, deus da fecundidade e das cheias do Nilo.
É importante ressaltar que nestes rituais cada sacerdote copulava apenas com a sua parceira.
Era comum o uso de máscaras (com cabeças de animais representando os aspectos relacionados ao ritual/deus que estava sendo realizado), o que mais tarde dará origem ao Baile de Máscaras (que secretamente abrigavam o Hieros Gamos) e posteriormente ainda os Bailes de Carnaval. Após as festividades, havia dança, celebrações e sexo não-ritualístico/hedonista.
Estas sacerdotisas eram chamadas de Meretrizes, nome que mais tarde foi deturpado pela Igreja Católica.

Do lado complementar das Meretrizes estavam as Virgens Vestais, que eram virgens que trabalhavam um tipo diferente de energia e eram consideradas as Protectoras do Fogo Sagrado. Elas existem desde o Egito mas ficaram mesmo conhecidas no período grego e romano. Falarei sobre elas daqui a pouco.
Paralelamente aos ritos egípcios, existiam rituais sexuais ligeiramente diferentes na Índia, mas baseados nos mesmos princípios de união dos chakras para despertar a kundalini.

As reuniões destes grupos, mais tarde na Grécia antiga, recebiam o nome de Orgion (palavra em grego que significa “ritual secreto”) e eram presididas pelo Orgiophanta. Da latinização surgiu a palavra Orgia, e nem preciso dizer o que aconteceu com o significado desta palavra.Em 180 AC, o senado editou o “Senatus consultum de Bacchanalibus” estabelecendo regras claras para a realização destas festividades e ritos. Desnecessário dizer que os cultos secretos continuaram, apenas caíram na clandestinidade dentro das Ordens Secretas. Os Hieros Gamos continuaram a ocorrer, com a latinização dos deuses envolvidos.

As principais festas aconteciam nos Solstícios e Equinócios, especialmente o Sol Invictus (quem assistiu aquele filme “De Olhos Bem Fechados” pode ver um ritual de Hieros Gamos moderno, ocorrendo justamente no Natal/Dies Natalis Solis Invicti… quer dizer, uma pequena parte dele).


O culto Solar ganhou muita força em Roma, através do culto a Mithra, o Deus-Sol, El Gabal, Sol Invictus. O exército romano usava todos os símbolos do Templo Solar, inclusive a famosa “saudação a Mithra”, que mais tarde foi usada pelos exércitos de Hitler, um dos maiores ocultistas do século XX, como a saudação tradicional nazi, e também usada por Francis Bellamy para a saudação à bandeira americana (que foi substituída em 1942).


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Anjos no Inferno


No verão do ano passado, estava de volta a Portugal para mais um período de férias e preparando o terreno para o meu regresso em definitivo que viria a acontecer no início de 2009. Durante esse período, fiquei hospedado no apartamento de um casal amigo na periferia de Lisboa. As férias acabaram por não ser muito descontraídas. Tinha muitos assuntos a tratar e sentia-me ligeiramente angustiado e deprimido. Creio que estava a sentir os efeitos de alguns problemas pessoais que me tinham afectado durante esse ano.
Normalmente, os meus amigos ausentavam-se de casa durante os fins de semana para irem para a casa de praia da família. Apesar dos convites para os acompanhar, preferia ficar por casa. Necessitava de algum silêncio e tempo para reflectir sobre os novos rumos que pretendia imprimir à minha vida. Porém, numa noite de sábado invulgarmente fria para o mês de Agosto sentia o meu cérebro ferver de agitação. Estava triste e não conseguia concentrar-me em nada. Deambulava entre a televisão e o computador bastante entediado. Decido sair de casa e rumo em direcção a Lisboa sem nada em mente. Momentos depois, já estou no centro da capital e entro na cervejaria Solmar, lugar de onde guardo boas memórias. Sento-me no balcão e peço uma imperial. Uma sentimento de solidão assolava-me a alma. Vou bebericando a minha cerveja, fumando e escuto algumas conversas que circulavam por ali. Peço uma segunda cerveja e continuo a fumar, num claro acesso de ansiedade. Observo o cinzeiro que tinha à minha frente e vejo que tinha fumado cinco cigarros em pouco mais de vinte minutos. Estava na hora de arejar as ideias novamente...

Subo a Av. da Liberdade em passo acelerado. Soprava um vento frio que tornava a noite bastante desagradável. Quando chego ao Marquês de Pombal, olho para o meu lado direito e vejo as luzes da Av. Duque de Loulé que funcionavam como um chamariz irresistível para um solitário perdido aquela hora da noite. Pela minha memória, passaram imagens difusas de momentos vividos naqueles antros de pecado que tinham preenchido várias madrugadas da minha vida em anos anteriores. Logo no início, entro no Tamila. Peço um whisky e assisto a duas toscas sessões de strip-tease que me aborrecem ainda mais. Saio dali para fora rapidamente e subo mais um pouco. Na porta do Night and Day, encontro um antigo funcionário que me reconhece e me convida a entrar em nome dos velhos tempos. Era o meu regresso a um pequeno inferno que eu conhecia muito bem. Instalo-me na ala de fumadores e vou observando o ambiente. Apesar de estarmos em pleno mês de Agosto, período em que os respeitáveis pais de família estão de férias no Algarve com as suas honrosas famílias, a casa estava bastante cheia. As mulheres deambulavam de um lado para o outro em busca de clientes. Noto que estou mais calmo mas também acredito que isso se devia ao álcool que já me ia toldando os pensamentos. Pelo canto do olho, vou observando uma rapariga que parecia estar desenquadrada daquele ambiente. Talvez fosse pelo seu rosto angelical, talvez fosse pelas roupas discretas que eram invulgares naqueles ambientes.

Ela sentava do lado de um sujeito obeso, que insistia em colocar-lhe as mãos à volta da cintura e segredava-lhe no ouvido com bastante insistência. Ela parecia-me claramente incomodada com aquela situação e de vez em quando ia olhando para mim. Eu disfarçava e ia brincando com o meu isqueiro. Passado algum tempo, o cliente levanta-se bruscamente com cara de poucos amigos e deixa-a sozinha. Ela parece claramente aliviada e sorri para mim. Peço para que ela se sente do meu lado. Ela vem na direcção e observo que tem uma presença magnífica. Cabelos loiros naturais, alta e elegante e dententora de um sorriso sedutor. Disse chamar-se Cynthia e informou ter chegado nesse mesmo dia, vinda de Madrid onde tinha trabalhado numa outra boite. Perguntei-lhe qual estava a ser a sua primeira imagem do submundo lisboeta. Tal como eu previa, disse que estava assustada e que aquele sujeito que estava sentado do seu lado estava a ser bastante indecente, com uma atitude bem diferente da que estava habituada a ter por parte dos clientes espanhóis. Em tom de brincadeira, disse-me que eu era o seu anjo da guarda nesta noite de estreia. Não consigo conter o meu riso e vou-lhe adiantando que de anjo tinha muito pouco. Quanto muito poderia ser o seu guia na capital portuguesa e vou-lhe adiantado que não me demoraria muito mais por ali. Já me sentia claramente desconfortável no submundo lisboeta e estava com vontade de ir para um local mais arejado. Como profissional que era ,propõe-me um programa numa pensão das proximidades. Momentaneamente, sinto que a magia do momento se tinha perdido e respondo-lhe rudemente que não tinha por hábito pagar a mulheres.
A Cynthia fica desconcertada com a minha resposta mas diz que também lhe apetece sair rapidamente daquele local. Digo que me pode acompanhar mas que não tivesse ilusões que eu lhe fosse pagar para ter sexo. Poderíamos sair como meros amigos e divertir-nos um pouco, longe dali. Ela aceita a minha proposta e saímos para a rua. Preparo-me para chamar um taxi mas ela surpreende-me ao tirar as chaves do seu carro da bolsa. Era um Mercedes classe A de matrícula espanhola. Quando entro no carro deparo-me com uma enorme confusão de malas e roupas espalhadas. Ela ri-se e relembra que tinha chegado nesse dia e ainda nem tinha arranjado um local para ficar. Ela liga a ignição e arrancamos na direcção da zona ribeirinha da cidade.

Fomos até um bar na beira-rio. Ia notando que vários olhares masculinos nos observavam. A Cyntia era uma presença feminina que não passava despercebida e eu sentia-me envaidecido de estar na sua companhia. Por ali ficámos a conversar sobre os mais diversos assuntos e fiquei surpreendido com a sua cultura geral, especialmente sobre alguns dos seus conceitos sobre cinema e artes em geral. A madrugada ia avançando e digo-lhe que estava na hora de me ir embora para casa. De repente lembro-me que ela ainda não tem alojamento e ocorre-me uma ideia um pouco arriscada. Apesar de toda aquela conversa, a figura de Cynthia atraía-me cada vez mais e tinha uma vontade louca de passar a noite com ela. Pergunto se gostaria de passar a noite comigo, mas relembro o trato que tínhamos feito. Nada de pagamentos. Ela hesita durante breves segundos e aceita o meu repto. Durante o caminho gracejamos com a situação. Cynthia diz que era uma louca de aceitar dormir com um homem que podia muito bem ser um psicopata e diz que eu também devia ser meio desequilibrado para a enfiar em casa, ainda para mais de amigos.
Eram quase quatro da manhã quando chegámos em casa. Ajudei-a a arrastar uma enorme mala que trazia consigo. Trato de a colocar à vontade e abro a varanda do quarto onde estava instalado. Acendo mais um cigarro e conversamos mais um pouco. Vou-me aproximando mais dela. Beijo-a. Ela tinha um beijo suave e com um toque aveludado difícil de esquecer. Deixamo-nos envolver em beijos cada vez mais vorazes e sensuais. Avanço com as minhas mãos na direcção do seu peito. Afago-os com carinho e ela suspira, tombando a cabeça para trás.

Minutos depois, estamos a tomar um banho juntos. A água tépida do chuveiro caía sobre nós e continuávamos com uma deliciosa sessão de carícias mutuas. Bocas e mãos estavam em plena sintonia.
Na cama, não resisti a lamber aquele sexo maravilhoso. Demoro-me por ali durante longos minutos, deixando-a completamente molhada. Logo de seguida, ela retribui-me o prazer oral, chupando-me de uma forma indiscritível. Ela alternava uma suavidade erótica com momentos de pura voracidade sexual. Sentia-me em erecção máxima e desejava penetrar aquela bela mulher de imediato. Coloco um preservativo e peço que ela vá para cima de mim. Cynthia cavalga furiosamente o meu pau e eu correspondo com fortes estocadas. Daí a pouco, peço que ela se deite. Ergo-lhe bem as pernas e penetro-a bem fundo, fazendo-a gritar de prazer. Não demorou muito para que tivesse um orgasmo. Eu estava mais demorado e continuava a fustigar-lhe as entranhas sem piedade. A minha cabeça estava zonza e o suor escorria abundantemente pelas minhas costas. Continuo naquele ritmo frenético até me vir com intensidade.
Descansamos um pouco. Beijamo-nos durante longos momentos. Aquele beijo aveludado magnetizava-me por completo. Não tardou para que sentisse vontade de a penetrar mais uma vez.
Primeiro, de lado e vagarosamente, percorrendo-lhe o corpo com as pontas dos dedos provocando arrepios na pele de Cynthia. Mais beijos. Cada vez mais intensos e provocando-me uma tesão ainda maior. Momentos depois, não resisto a colocá-la de quatro e fodê-la com mais intensidade. Para tornar o coito ainda mais intenso, enfio-lhe um dedo no ânus, gesto que a pareceu enlouquecer momentaneamente. O ritmo aumentava cada vez mais. Cynthia provocava-me com um manejar de ancas que nunca tinha experimentado. Era um momento de prazer louco e acabamos por gozar quase ao mesmo tempo.
Era bastante tarde e adormecemos enroscados um no outro. No dia seguinte, parecíamos dois namorados de longa data, dada a intimidade e confiança que uma noite apenas nos tinha proporcionado. Aprovitámos para dar um passeio por alguns pontos turísticos da cidade e ao princípio da noite, levo-a até uma pensão onde se poderia acomodar durante os primeiros tempos em Lisboa. Despedi-me num beijo em que tentei reter o toque aveludado daquela língua e prometi voltar à boite antes de regressar ao Brasil, para a ver mais uma vez.


terça-feira, 5 de maio de 2009

Rua Óscar Freire, 384


Era a minha primeira viagem a São Paulo. Ainda no ar, surpreendo-me com as dimensões gigantescas da cidade. Uma enorme metrópole de betão e frenético movimento de pessoas e capitais. Eu viajava a convite de uma grande empresa de construção civil paulista que começava a fazer os seus primeiros investimentos imobiliários no nordeste brasileiro. A minha empresa intermediava a venda de um terreno de grandes dimensões no litoral, onde pretendiam edificar um complexo habitacional dirigido ao mercado europeu. Como cortesia, ofereceram-me uma estadia durante o fim de semana, no famoso Hotel Emiliano localizado na elegante Rua Óscar Freire.

Cheguei numa sexta-feira pela manhã, vindo de Natal, e a reunião para fecho do negócio teria lugar nesse mesmo dia, após a hora de almoço. Depois de tudo tratado, teria até domingo para disfrutar dos inúmeros atractivos desta megalópole.
Não era apenas a expectativa do fecho de um excelente negócio que me entusiasmava. Nas semanas anteriores à viagem, tinha intensificado uma troca de e-mails maliciosos com a directora comercial da construtora. Patrícia era um pouco mais velha que eu, formada em administração, casada e mãe de duas crianças. A imagem que tinha dela não era muito clara. Apenas tinha visto uma fotografia de dimensões reduzidas, mas pareceu-me uma mulher atraente. Sem qualquer tipo de pudores, foi-me adiantando que por vezes davas umas escapadelas à rotina do casamento e que eu lhe tinha agradado numa primeira análise mas não fez qualquer tipo de promessa comigo.

Às duas e meia da tarde, estávamos na sala de reuniões da empresa. De propósito ou não, Patrícia foi a última pessoa a entrar na reunião. Tinha um andar sensual e vestia-se de maneira executiva que acentuava a elegância da sua silhueta. Os saltos altos faziam sobressair as linhas perfeitas das suas pernas e empinavam um pouco o seu rabo bem proporcionado. Tinha longos cabelos castanhos claros e um olhar determinado. Sentou-se bem na minha frente e notei que tinha os botões da blusa entreabertos. Observei que tinha um busto generoso e senti uma leve erecção que fez com que eu me agitasse um pouco na cadeira.
Em pouco mais de uma hora, os pormenores do negócio ficaram decididos e não sabia muito bem como fazer a abordagem à Patrícia. Também tinha receio que as outras pessoas presentes se apercebessem de alguma coisa. De forma pouco convincente e em jeito de despedida, distribui cartões de visita entre todas as pessoas presentes na reunião. Por incrível que pareça, apesar de mantermos contacto durante os pultimos três meses, nunca tínhamos trocado os nossos números de telefone. Ela entendeu perfeitamente o meu gesto e dirige-me um sorriso malicioso. Naquele momento não entendi muito bem o significado daquele sorriso. Tanto poderia ser de aprovação como de gozo. Por momentos senti-me ridículo e queria sair rapidamente dali para fora. Apanhei um taxi e fui para o hotel. Como tinha acordado bastante cedo, quando cheguei ao hotel, tratei de dormir um pouco e por ironia do destino, a Patrícia fez questão de me surgir num sonho de contornos difusos.

A sexta-feira passou-se e Patrícia não deu sinais de vida. Aos poucos, fui-me conformando com a ideia de que eu não lhe teria agradado o suficiente ou então a sua vida familiar não lhe possibilitaria um encontro comigo.
No sábado ao princípio da noite, recebo uma chamada no telemóvel de um número confidencial. Era a Patrícia. Numa voz rouca e com um acentuado sotaque paulistano, disse-me que eu lhe tinha agradado. Que eu era bem mais atraente do que aquilo que ela tinha imaginado. Foi-me adiantando que teria bastante interesse em se encontrar comigo mas que para tal, eu teria que prolongar um pouco mais a minha estadia em São Paulo, já que ela só poderia vir ao meu encontro na tarde de domingo. Aproveitaria o facto do marido ir ao futebol com os amigos para ter a tarde totalmente livre e trataria de dar uma boa desculpa à empregada que ficaria encarregue de cuidar das crianças. Para mim, não faria diferença prolongar a minha estadia na cidade por mais um dia. Bastaria solicitar mais um noite no hotel por minha conta e fazer um telefonema adiando o voo de regresso a Natal, para a manhã de segunda-feira.
Após fazer uma breve pausa para aumentar o suspense, digo que aceito a proposta e que esperaria por ela no bar do hotel.

No domingo, pouco depois das três da tarde, Patrícia entra no bar do hotel. Apresentava-se de um modo mais desportivo mas sem perder a elegância que lhe tinha reconhecido na reunião. Cumprimentámo-nos e sorrimos um para o outro. Pedimos duas bebidas e ficamos na conversa por longos momentos de forma totalmente descontraída. Quem nos avistasse julgaria que se tratavam de amigos de longa data. No entanto, era por demais evidente que estávamos num impasse. Nossos olhares faíscavam de desejo mas parecia que ambos tínhamos receio de dar o primeiro passo. Decidi quebrar o gelo e peço que suba comigo até ao sexto piso, onde ficava o meu quarto. Ela acedeu com um movimento de cabeça e seguiu-me na direcção dos elevadores.

Dentro do elevador já sinto uma enorme erecção e não resisto a beijar Patrícia ali mesmo. Entramos no quarto completamente envolvidos em beijos e afagos. Apenas se escuta o barulho das nossas bocas a beijarem-se sofregamente. Vamo-nos libertando das roupas e entregamono-nos ao prazer dos sentidos. A Patrícia pede para eu me sentar no sofá que ficava junto da janela. Coloca-se à minha frente de joelhos e chupa-me de forma magistral. Para me atiçar ainda mais, alternava as suas profundas chupadelas com batidelas no meu pénis no seu rosto. O meu pau latejava de tanta tesão e receava gozar a qualquer momento. Peço para invertermos as posições e sento a Patrícia no sofá, abrindo-lhe bem as pernas. Mergulho vorazmente naquele sexo que pulsava de desejo. Sem pudores, fazia a minha língua deslizar do seu clítoris ao ânus, fazendo-a gemer de prazer. Não resisto a erguer as minhas mãos para lhe apalpar aquele peito convidativo com o intuito de a estimular ainda mais. Pouco depois, ela pede para eu me deitar na cama. Vejo-a procurar algo dentro da bolsa. Era uma venda preta que me colocou logo a seguir. Deixei-me conduzir por aquela mulher fabulosa e foi com pequenas decargas eléctricas de prazer que fui sentindo a sua língua delizar pelo meu corpo todo. Quase que supliquei para a possuir mas ela pareceu adivinhar os meus pensamentos e sinto o abraço molhado da sua vagina abraçar o meu pénis. Patrícia deslizava suavemente por cima de mim. Não havia espaço para palavras. As nossas línguas fundiam-se num beijo envolvente e sensual. Rapidamente este ritmo dolente, foi acelerando num ritmo crescente que nos conduziu a um orgasmo brutal. Ofegante, retiro a venda do rosto e foi com prazer que vi aquele rosto resplandescente de mulher saciada.

Aquela mulher tinha-me surpreendido por completo com a sua mistura de sensualidade selvagem e carinho. Rapidamente nos envolvemos novamente numa mistura de beijos e afagos. A seu sexo era tão sedutor que não resisti a chupá-la mais uma vez, penetrando-a com a minha língua, saboreando e engolindo aquele mel todo. Um pouco depois, posicionamo-nos de lado e chupamo-nos mutuamente totalmente enlouquecidos. Mais uma vez, eu estava em erecção máxima e só me apetecia foder aquela fêmea fabulosa.
Coloco-me sobre ela e inicio a sessão da forma mais tradicional. No entanto, num frenesim súbito, pego-a pelos braços e encosto-a na parede. A minha tesão era tanta que ela parecia ter o peso de uma pluma. Seguro-a pelas ancas e dou-lhe fortes estocadas que a fazia trepar pela parede. Às tantas, a posição torna-se meio incómoda e peço que se coloque de quatro no sofá. Coloco-me acima dela, com os pés fixos no sofá e monto-a literalmente por trás, penetrando-a profundamente. Agarro a Patrícia pelos cabelos e não resisto a proferir algumas obscenidades que a pareciam empolgar ainda mais. Alguns minutos depois, as minhas pernas já não estavam a aguentar aquele esforço suplementar e saio de dentro dela.

Para terminarmos em pleno, dedicamo-nos a um delicioso coito anal. Patrícia lubrifica-me o pénis e vai-se sentando lentamente sobre ele, masturbando-se na frente. Quando atinjo as suas entranhas, ela rebola de forma sublime sobre mim, parecendo querer aproveitar todos os mílimetros da minha vara. Não sou capaz de me conter e peço que ela se levante imediatamente. Ela ajoelha-se a meus pés, abre a boca de modo lascivo e limito-me a verter todo o meu leite na sua língua rosada. Aproveitando-se do facto de ainda me manter erecto, volta a sentar-se no meu pau ainda com restos do meu esperma na boca. Patrícia continua a sua dança do prazer e momentos depois, solta um grito que anunciava o seu orgasmo.
A tarde chegava ao fim e estava na hora de Patrícia regressar a casa e assumir o seu papel de mulher de família. Brevemente, teríamos a hipótese de nos voltarmos a ver no nordeste, quando as obras da empresa onde trabalhava tivessem início. Pela amostra que tínhamos tido naquele domingo, a estadia em Natal prometia momentos ainda mais escaldantes.